Quem não coleccionou os bonequinhos verdes dos Bollycao?!
Ah pois! Eles voltaram, e bem inovadores porque até têm uma página de fans no Facebook ;)
Tornem-se fans AQUI!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
TOU de VOLTA!!!!
Quem não coleccionou os bonequinhos verdes dos Bollycao?!
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Ponto de situação
Bem sei que não tenho escrito tanto quanto gostaria.
Mas em contrapartida tenho lido muito, e ainda terei mais para ler. Começo agora a apanhar o comboio das aulas da faculdade. Estou a mergulhar nos trabalhos e nos temas. E os neurónios começam a demonstrar uma determinada agilidade. Sim, porque isto de voltar a estudar passados 8 anos, não é fácil.
A primeira semana foi muito complicada. A adaptação a uma nova linguagem de ensino e num formato bem diferente do que estava habituada.
Estou a ganhar balanço, e entre recensões críticas e inferências, tenho-me lembrado muito da letra de uma música, que um grande amigo canta divinalmente:
"Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me a fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho"
Bom fim de semana!
Mas em contrapartida tenho lido muito, e ainda terei mais para ler. Começo agora a apanhar o comboio das aulas da faculdade. Estou a mergulhar nos trabalhos e nos temas. E os neurónios começam a demonstrar uma determinada agilidade. Sim, porque isto de voltar a estudar passados 8 anos, não é fácil.
A primeira semana foi muito complicada. A adaptação a uma nova linguagem de ensino e num formato bem diferente do que estava habituada.
Estou a ganhar balanço, e entre recensões críticas e inferências, tenho-me lembrado muito da letra de uma música, que um grande amigo canta divinalmente:
"Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me a fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho"
Bom fim de semana!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Mais uma estrela a brilhar...
Não posso deixar de falar da morte de um dos meus actores favoritos, Patrick Swayze!
Nem sei quantas vezes vi o filme Dirty Dancing, o Point Break, o Ghost, etc...
Nem sei quantas vezes vi o filme Dirty Dancing, o Point Break, o Ghost, etc...
Quantas vezes foi dito através da imprensa "agora é só tem mais 6 meses de vida". E afinal conseguiu sempre superar-se, tanto na vida profissional como pessoal.
Recomendo o documentário sobre Patrick Swayze que podem encontrar algures no Meo.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
O Senhor Raúl
Diz-se que "o tempo estraga tudo" (ver este filme) e que é irreversível. Eu acho que é feio culpar o tempo, quando na verdade são as pessoas que estragam tudo!
Felizmente, existem pessoas que resistem ao seu tempo, que deixam de ter um tempo por estarem sempre à frente dele.
Ao Sr. Professor Raúl Solnado, obrigada.
Felizmente, existem pessoas que resistem ao seu tempo, que deixam de ter um tempo por estarem sempre à frente dele.
Ao Sr. Professor Raúl Solnado, obrigada.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Neurónios!
Nos dias que correm é um "luxo" ter-se neurónios capazes de fazer as suas próprias interpretações dos impulsos que recebem.
Saber estabelecer a diferença entre verdade e mentira, bem e mal, mas usando a capacidade critica e valores que cada um possui. Sem influências externas, sem capas ou máscaras. Sem necessidade de recorrer a argumentos escritos em livros e pensados por outras cabeças.
Para além do H1N1, vivemos numa época contagiada pelo vírus da padronização. Ou seja, se me relaciono com determinado tipo de pessoas, que possuem determinado tipo de problemas, é natural que o mesmo aconteça comigo....assim como uma osmose.
Pois, comigo não!!! Graças a mim, aos meus neurónios em uso constante, ao que vivi, aos meus pais e aos meus amigos.
Para mim, os valores são crus, as emoções estão à flor da pele e são vividas com intensidade.
E as palavras não valem apenas pela sua aparência, mas pelo que significam e pela mensagem que querem transmitir. Detesto frase feitas do tipo "li num livro"!
Saber estabelecer a diferença entre verdade e mentira, bem e mal, mas usando a capacidade critica e valores que cada um possui. Sem influências externas, sem capas ou máscaras. Sem necessidade de recorrer a argumentos escritos em livros e pensados por outras cabeças.
Para além do H1N1, vivemos numa época contagiada pelo vírus da padronização. Ou seja, se me relaciono com determinado tipo de pessoas, que possuem determinado tipo de problemas, é natural que o mesmo aconteça comigo....assim como uma osmose.
Pois, comigo não!!! Graças a mim, aos meus neurónios em uso constante, ao que vivi, aos meus pais e aos meus amigos.
Para mim, os valores são crus, as emoções estão à flor da pele e são vividas com intensidade.
E as palavras não valem apenas pela sua aparência, mas pelo que significam e pela mensagem que querem transmitir. Detesto frase feitas do tipo "li num livro"!
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Merece ser notícia....
Eles estão de regresso!
Tim Burton, pegou no clássico da literatura Alice no País das Maravilhas, para criar a personagem mais gótica de sempre. Interpretada pelo fabuloso Johnny Depp.
Não é a primeira vez que Tim Burton recupera histórias do imaginário infantil para o grande ecran. Mas desta vez utiliza os ingredientes imagens reais e animação, para os transformar em 3D!!!
O filme só chega aos cinemas a 5 de Março de 2010, mas let's look at the trailer...
terça-feira, 21 de julho de 2009
Concentração desconcertante....
Eu fui, eu estive lá de corpo e alma.Mas às tantas a alma perdeu-se no Vale das Almas, entre copos, música, amigos e motos.
Em jeito de conclusão, foi bruuuuuutaaalllll:
- deixar o carro em Montenegro;
- ter acesso ao Bike Show em exclusivo;
- perceber porque é que ninguem sóbrio consegue pronunciar o nome do shot fresquinho de Jagermeister;
- ver ao vivo e a cores os Europe, com alguns 300 anos, mas apenas durante a música "its the final countdown";
- ouvir o David Fonseca lá loooonge, e nem sequer lhe por a vista em cima;
- constatar que no meio do pó não existe Gripe A;
- perder a conta às imperiais que bebi;
- descobrir que afinal motards e surfistas podem ser uma e a mesma pessoa;
- assistir ao nascer do dia com rateres como banda sonora.
Por isto tudo, para o ano lá estará o mesmo grupo que inicia os festejos n' O Farol Cervejaria. Quem quiser que se junte à festa! ;)
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Dormir Nu É Ecológico....
E para além de ecológico é libertador!
Reciclagem não é com os meus pais, eu bem tentei. O comportamento ecológico, mais aproximado que têm, é a utilização dos sacos do supermercado para o caixote do lixo. Caixote esse que tem 2 compartimentos...mas onde se usa apenas um!
No entanto, depois de ter lido uma notícia sobre este novo livro, dei-me conta que afinal eles ensinaram-me a dormir nua, logo são ecológicos!!!! :)
Mais informações sobre o livro clique aqui, para informações sobre a autora clique aqui.
Bom fim de semana!
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Esta noite sonhei com Mário Lino
Miguel Sousa Tavares
8:00 Segunda-feira, 29 de Jun de 2009
Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis.
Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte.Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa. - Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!
8:00 Segunda-feira, 29 de Jun de 2009
Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis.
Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte.Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa. - Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Este caderno anda...
... este blog está com o piso escorregadio e com algumas folhas soltas, outras rasgadas. Vou tentar usar a fita cola, se me deixarem!Entretanto, este caderno vai para Paris durante a próxima semana, e para Londres para "depois da próxima semana". O positivo, é que vou refrescar la tête...o negativo, é que espero não refrescar demais, visto que vou na Aifrance!!! (humor negro)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Santo António
O Santo António deu-nos o sol e a oportunidade de aproveitar a alegria das crianças.
Passei o fim de semana com os primitos, que se revelaram excelentes parceiros.
Fomos à praia, comemos sardinhas e ofereci um manjerico!
Aqui fica a música oficial do fim de semana.
A coreografia da Leonor e do Bruno é mais original! :)
Passei o fim de semana com os primitos, que se revelaram excelentes parceiros.
Fomos à praia, comemos sardinhas e ofereci um manjerico!
Aqui fica a música oficial do fim de semana.
A coreografia da Leonor e do Bruno é mais original! :)
terça-feira, 9 de junho de 2009
Para marcar na Agenda!
IV CONCERTO DA APCL Solidários até à medula
SESSÕES
02-07-2009 21:15 [Sala Atlântico]
"Pensamos habitualmente que doar é perder.
Mas doar também pode ser ganhar!
Doar medula óssea é ajudar o seu semelhante a
ganhar uma vida em risco de ser perdida.
Quando uma vida é salva com esse gesto,
percebemos que só o que perdemos é mesmo nosso!"
Duarte Lima, Fundador da APCLVIDA
SESSÕES
02-07-2009 21:15 [Sala Atlântico]
"Pensamos habitualmente que doar é perder.
Mas doar também pode ser ganhar!
Doar medula óssea é ajudar o seu semelhante a
ganhar uma vida em risco de ser perdida.
Quando uma vida é salva com esse gesto,
percebemos que só o que perdemos é mesmo nosso!"
Duarte Lima, Fundador da APCLVIDA
Com a apresentação de Catarina Furtado e a participação de:
José Cura - Maestro e Tenor
Mariza
Rui Veloso
Camané
Luís Represas
Pedro Caldeira Cabral
Los Calchakis
Orquestra Sinfónica Portuguesa
RAMPA 10,00€ L
BALCÃO 2 10,00€ L
BALCÃO 1 15,00€ M
BALCÃO 0 20,00€ M
PLATEIA A 30,00€ M
PLATEIA VIP 75,00€ M
LOCAIS DE VENDA
Bilheteiras do Pavilhão Atlântico
Lojas FNAC (Almada, Cascais, Chiado, Colombo, Gaia Shopping, Norte Shopping, St. Catarina, Algarve, Coimbra, Madeira, Braga, Viseu, Alfragide, Mar Shopping, CC Vasco Gama)
Agência ABEP
El Corte Inglés (Lisboa, Gaia)
Agência Alvalade
Arena de Portimão
Media Markt (Braga, Porto, Rio Tinto, Aveiro, Sintra, Alfragide, Benfica, Gaia e Leiria)
Turismo de Lisboa (Aeroporto, Pr Comércio)
707 780 000 www.blueticket.pt; www.pavilhaoatlantico.pt
IDADE MÍNIMA
3 anos
PROMOTOR
APCL
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Felicidade
Não sei se sou só eu, ou se há por aí alguém com os mesmos sintomas...mas as sextas-feiras são dias em que fico....como dizer...bestialmente parva! Com um humor e espírito que espicaça tudo e todos, no sentido da boa disposição :)
Esta sexta é diferente.
É a última sexta em que tenho aqui perto o meu "cúmplice" das 9h às 18h.
Aquele com quem nem preciso falar, basta aquele olhar e a mensagem passou.
Aquele que me mostra sempre o outro lado, e que me ajuda a suportar os stresses do trabalho.
Por tudo isso... Obrigada, Charraz!
"Não é o destino que conta, mas o caminho."
Mia Couto
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Em modo AC/DC
Foi há 13 anos o primeiro concerto de AC/DC em Portugal, e aqui fica o registo videográfico!
13 anos depois são muitos os que querem repetir a dose, e no meu caso será a primeira vez.
Mas lembro-me perfeitamente da K7 de AC/DC que o pai tinha constantemente no autorádio! :)
...em modo AC/DC!
13 anos depois são muitos os que querem repetir a dose, e no meu caso será a primeira vez.
Mas lembro-me perfeitamente da K7 de AC/DC que o pai tinha constantemente no autorádio! :)
...em modo AC/DC!
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Bom dia Crianças!
O blog tem sofrido com a falta de tempo e as correrias habituais do dia-a-dia...
Mas estive em Paris e trouxe um souvenir do alto de la Tour Eiffel
Estive em Porto Côvo e Sines e trouxe notícias marroquinas. Os amigos João, Claúdia e Helder, entraram em contagem decrescente para a partida da viagem a Marrocos em 2 rodas. Sigam as crónicas "empoiradas" em http://umgajodemota.blogspot.com/ porque tenho a certeza que vai valer a pena!
Este ano tem sido muito produtivo no que toca a leitura, acabei de ler mais um livro que recomendo. Que podem encontrar em http://www.wook.pt/ficha/saudacao-flausinas-moedas-e-simones/a/id/180462/filter/ . É uma leitura alternativa aos circuitos comerciais, com uma série de pequenas histórias de vida, vividas na primeira pessoa, antes e durante o 25 de Abril de 1974. É um livro que vicia a leitura e que se enquadra perfeitamente neste 2009 recheado de eleições.
E hoje é Dia da Criança! E só agora me apercebo como é difícil manter a criança que sou viva e activa. Evitar que seja influênciada pelas últimas experiências da vida de adulta. E ter "jogo de cintura" para quem a tentar mutilar consecutivamente. Ando cansada e a precisar de férias para alinhar ideias, para me sintonizar e voltar a ser criança.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
é que é já a correr....
Acabei de receber no mail da empresa um email, cujo assunto diz "PS - Acção de demonstração da Electronic Art's", e o corpo do mail diz o seguinte:
"Exmos. Srs.,
Vimos informar que na próxima 2ª feira dia 25.05, no período da manhã, irá decorrer na sala III uma acção de divulgação de um jogo só para senhoras, o mesmo simula um Personal Trainner a fazer exercício físico.
Para a explicação do jogo irá estar uma promotora com branding, com uma pequena oferta, a demonstração não durará mais do que dois minutos.
Com os melhores cumprimentos,"
Os meus comentários são:
"divulgação de um jogo só para senhoras"?!?!
"simula um Personal Trainner a fazer exercício físico" ?!?!
"não durará mais do que dois minutos" ?!?!
... mas posso esperar por segunda-feira!!! :) Por amor ao jESUS!!
"Exmos. Srs.,
Vimos informar que na próxima 2ª feira dia 25.05, no período da manhã, irá decorrer na sala III uma acção de divulgação de um jogo só para senhoras, o mesmo simula um Personal Trainner a fazer exercício físico.
Para a explicação do jogo irá estar uma promotora com branding, com uma pequena oferta, a demonstração não durará mais do que dois minutos.
Com os melhores cumprimentos,"
Os meus comentários são:
"divulgação de um jogo só para senhoras"?!?!
"simula um Personal Trainner a fazer exercício físico" ?!?!
"não durará mais do que dois minutos" ?!?!
... mas posso esperar por segunda-feira!!! :) Por amor ao jESUS!!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Portugueses no Estrangeiro
Aqui fica reportagem feita pela Sic, onde entrevistam portugueses no estrangeiro. É a nova geração de emigrantes, tal como o meu mano Misha (que aparece na reportagem).
Saldos na Alta!
Este ano a desculpa mais utilizada para tudo e mais alguma coisa, é a crise. O que denúncia uma enorme falta de criatividade, no mínimo. E não há nada mais monótono e saturante do que a falta de orginalidade.
Mas isto depende da classe social, porque na Alta, ou Média Alta, ou no Novo Riquismo, a crise não chega. Por isso criam-se manobras de diversão, cenas mais "fashions"...
... mas como se trata de associar a gastronomia à solidariedade, decidi divulgar...cá vai:
Refeições a preço de saldo no Lisboa Restaurant Week
A partir de quinta-feira e até ao final do mês é possível almoçar ou jantar em 25 restaurantes lisboetas de qualidade por cerca de 20 euros, no âmbito da primeira edição da Lisboa Restaurant Week.
«A Restaurant Week tem como objectivo a democratização do acesso à restauração de qualidade», explicou à Lusa o responsável pelo projecto em Portugal, José Borralho.
À democratização da cozinha de qualidade e consequente conquista de novos clientes, associa-se um lado solidário. De cada refeição vendida, um euro reverte para a causa social Mulheres de Vermelho, uma iniciativa da Fundação Portuguesa de Cardiologia, e para o projecto de solidariedade SIC Esperança.
«Associamos assim a gastronomia a solidariedade. A maioria dos restaurantes envolvidos têm frequentemente gestos solidários, que não são conhecidos do grande público», disse José Borralho.
A Restaurant Week, conceito que nasceu há 16 anos em Nova Iorque é, segundo José Borralho, «uma vitamina energética para o sector da restauração em todo o mundo».
«Os restaurantes que participam na iniciativa - em mais de cem cidades de todo o mundo - têm um aumento de vendas de cerca de 70 por cento durante aqueles dias», referiu o responsável, acrescentando que cerca de 80 por cento dos aderentes são novos clientes.
«São pessoas que passam depois a ir aos restaurantes em ocasiões especiais», disse.
Justificar os preços praticados no resto do ano é outro dos objectivos da iniciativa.
«Queremos mudar a percepção das pessoas em relação a este tipo de restaurantes. Ao mostrar a qualidade dou a perceber o preço que pratico», referiu José Borralho.
Os chefes dos 25 restaurantes que participam na Lisboa Restaurant Week elaboraram «menus de preços baixos que mantêm a qualidade de sempre».
Cada restaurante decidiu o menu disponível, pelo qual cobra 19 euros, «cabe ao cliente suportar mais um euro, para dividir entre a SIC Esperança e a Fundação Portuguesa de Cardiologia».
O menu é constituído por entrada, prato principal e sobremesa, de fora ficam as bebidas.
«Em alguns restaurantes os clientes irão pagar cerca de 20 por cento do preço habitualmente praticado», salientou José Borralho.
O responsável aconselha a que os clientes marquem lugar no restaurante que escolherem, para não correrem o risco de não terem mesa.
Entre as opções estão o Eleven, Olivier Café, Varanda (Hotel Ritz), Gemelli, Bocca e Faz Figura, a lista completa está disponível em http://www.lisboa-restaurantweek.com/.
A iniciativa, que decorre de quinta-feira até 31 de Maio, será para «repetir anualmente».
«Queremos chegar a duas edições por ano, tal como acontece em Nova Iorque, São Paulo e Londres», contou.
José Borralho revelou ainda que pretende organizar uma Restaurant Week no Porto ainda este ano.
«A Restaurant Week tem como objectivo a democratização do acesso à restauração de qualidade», explicou à Lusa o responsável pelo projecto em Portugal, José Borralho.
À democratização da cozinha de qualidade e consequente conquista de novos clientes, associa-se um lado solidário. De cada refeição vendida, um euro reverte para a causa social Mulheres de Vermelho, uma iniciativa da Fundação Portuguesa de Cardiologia, e para o projecto de solidariedade SIC Esperança.
«Associamos assim a gastronomia a solidariedade. A maioria dos restaurantes envolvidos têm frequentemente gestos solidários, que não são conhecidos do grande público», disse José Borralho.
A Restaurant Week, conceito que nasceu há 16 anos em Nova Iorque é, segundo José Borralho, «uma vitamina energética para o sector da restauração em todo o mundo».
«Os restaurantes que participam na iniciativa - em mais de cem cidades de todo o mundo - têm um aumento de vendas de cerca de 70 por cento durante aqueles dias», referiu o responsável, acrescentando que cerca de 80 por cento dos aderentes são novos clientes.
«São pessoas que passam depois a ir aos restaurantes em ocasiões especiais», disse.
Justificar os preços praticados no resto do ano é outro dos objectivos da iniciativa.
«Queremos mudar a percepção das pessoas em relação a este tipo de restaurantes. Ao mostrar a qualidade dou a perceber o preço que pratico», referiu José Borralho.
Os chefes dos 25 restaurantes que participam na Lisboa Restaurant Week elaboraram «menus de preços baixos que mantêm a qualidade de sempre».
Cada restaurante decidiu o menu disponível, pelo qual cobra 19 euros, «cabe ao cliente suportar mais um euro, para dividir entre a SIC Esperança e a Fundação Portuguesa de Cardiologia».
O menu é constituído por entrada, prato principal e sobremesa, de fora ficam as bebidas.
«Em alguns restaurantes os clientes irão pagar cerca de 20 por cento do preço habitualmente praticado», salientou José Borralho.
O responsável aconselha a que os clientes marquem lugar no restaurante que escolherem, para não correrem o risco de não terem mesa.
Entre as opções estão o Eleven, Olivier Café, Varanda (Hotel Ritz), Gemelli, Bocca e Faz Figura, a lista completa está disponível em http://www.lisboa-restaurantweek.com/.
A iniciativa, que decorre de quinta-feira até 31 de Maio, será para «repetir anualmente».
«Queremos chegar a duas edições por ano, tal como acontece em Nova Iorque, São Paulo e Londres», contou.
José Borralho revelou ainda que pretende organizar uma Restaurant Week no Porto ainda este ano.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Ámen!
E hoje é 13 de Maio...por isso ontem tive uma visão!
A minha visão está localizada no Marquês de Pombal, envolve o Cristo Rei e a Nossa Sra de Fátima.
A minha visão está localizada no Marquês de Pombal, envolve o Cristo Rei e a Nossa Sra de Fátima.
Pode parecer uma grande "salganhada religiosa", mas só prova como a Igreja mostra que está evoluida. Deu as mãos à inovação e agora podemos encontrar o Cristo Rei em http://www.cristorei.pt/. Tenho a certeza que o proximo passo online será a criação do http://cristorei.hi5.com/ (se clicarem no link têm uma desilusão).
Por outro lado, a Igreja mostra que pretende atrair os jovens, utilizando o formato "festivais de verão". Eu explico: no cartaz surge a frase "com a presença da imagem de (...)" ou seja, primeira parte do concerto a assegurada por essa Madonna do meio católico!
E tudo se ilumina e faz sentido, quando se verifica que a fachada do edifício onde se encontra esta peça publicitária, pertence ao Banco Espírito Santo!
Nota: não sei se terá sido um sinal, mas só à quinta tentativa é que consegui carregar a imagem!terça-feira, 12 de maio de 2009
Googledependente
Y love publicidade e marketing! As técnicas, as ferramentas, as inovações, etc. Sou completamente viciada em estratégias e esquemas de atracção de potenciais clientes. Sou fácilmente influênciada pelas técnicas de marketing, e tenho a perfeita noção quando compro por impulso, porque determinada técnica de mkt funcionou!
No que respeita ao Google, tenho a barra de pesquisa, tenho as funcionalidades do Gmail, tenho o Picasa, o Earth, o Maps para me guiar. Os meus documentos partilhados estão no Google Docs, e os meus blogs preferidos encontram-se devidamente organizados no Reader.
O meu iGoogle, tem tudo o que quero ver online de acordo com os diversos separadores. E o Talk substituiu na perfeitação o messenger.
Agora o Google aposta na publicidade e cria este anúncio de divulgação do Chrome.
No que respeita ao Google, tenho a barra de pesquisa, tenho as funcionalidades do Gmail, tenho o Picasa, o Earth, o Maps para me guiar. Os meus documentos partilhados estão no Google Docs, e os meus blogs preferidos encontram-se devidamente organizados no Reader.
O meu iGoogle, tem tudo o que quero ver online de acordo com os diversos separadores. E o Talk substituiu na perfeitação o messenger.
Agora o Google aposta na publicidade e cria este anúncio de divulgação do Chrome.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Folha Solta
O pior surdo é aquele que não quer ouvir! O pior cego é aquele que não quer ver!
...E quando as duas afirmações acima surgem numa só?! É possivel, e cada vez mais encontro pessoas assim.
Sempre convivi com surdos, e nunca tive que gritar. Mas torna-se cada vez mais frequente ter vontade de gritar para quem não é surdo e oferecer binóculos aos que fingem que são cegos.
Aqui fica a recomendação de fim-de-semana
quinta-feira, 7 de maio de 2009
O senhor velhinho...
Deixou-nos mais uma referência, Vasco Granja morreu, mas deixou uma herança enoooorme enquanto "educador" de uma geração!
Vasco Grancha feat Diácono Remédios
Os desenhos animados tinham "algo mais", ele criava outro contexto, outra história. E pelo gesticular ou pela voz, prendia-nos ao ecran!
Para o Sr. Vasco...
Vivas prós bonecos animados!!!
Vasco Grancha feat Diácono Remédios
Os desenhos animados tinham "algo mais", ele criava outro contexto, outra história. E pelo gesticular ou pela voz, prendia-nos ao ecran!
Para o Sr. Vasco...
Vivas prós bonecos animados!!!
terça-feira, 5 de maio de 2009
Feira do Livro de Lisboa
Já começou, este ano mais cedo do que o habitual, mas no sítio do costume. (a culpa deve ser também da crise que tem costas largas!)
Ainda não tive oportunidade de visitar, mas já ouvi dizer que tem menos expositores do que nos anos anteriores. (isto sem sobra de dúvida, é culpa da crise!)
Consultem toda a informação em http://feiradolivrodelisboa.pt/, o blog da 79ª Feira do Livro. Que mostra ser jovem (apesar da idade) e inovadora, estando alerta para o desenvolvimento das tecnologias de informação. Por isso, este ano conta também com a versão Twitter e Facebook! :)
Boas leituras no Parque Eduardo VII aproveitando o sol!
sábado, 25 de abril de 2009
Viva qual Revolução!!?!!
Entende-se por Liberdade a autonomia, a espontaneidade. A ausência de submissão, de servidão e de determinação . Em resumo, a independência do ser humano!
35 anos depois da Revolução do Povo em busca da Liberdade, na esperança em que "apartir de agora tudo será diferente e melhor". Constatamos que um dos top de vendas de livros é o chamado "The Secret"...
Percebemos que a liberdade de expressão é por vezes um mito. Mesmo que apenas queiras falar sobre como pensas que tudo está mal, quando na realidade apenas se trata de uma constatação de facto, porque está mesmo tudo mal!
Quando ética e princípios são conceitos que se encontram nos livros, as excepções são mais do que as regras, e as empresas são geridas por vontades e não valores!
Quando personalidade, neurónios e espírito crítico são medidos tendo em conta o tipo de automóvel que se conduz...
Eu não vivi o 25 de Abril, mas conheço muito sobre ele. Mesmo o que não vem nos livros, mas que foi vivido.
Sei também qual o estado actual da chamada nação, o desemprego, a falta de valores aprovada por lei, a precariedade em vírus que vai contaminando todas as àreas e algumas pessoas.
Mesmo assim digo, Viva o 25 de Abril!
Se não fosse por ele, desconfio que nem blog existia.
Onde estava Sócrates no 25 de Abril?
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Easy sem jet
000101010001010100101111001111010101011111111101010101010100001111010100101001110000010101010001111100010101010101
Código binário, e tudo se torna mais fácil de entender!!!!
F000n1x
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Ele é tudo!!!
Porque ele é mais que meu avô, porque ele está sempre connosco e porque felizmente hoje é dia de festa!!! Parabéns Zequinha!
:)A dita dura...
E dia 30 de Abril, lá estaremos novamente em Almada, para apoiar o nosso amigo Charraz que passou à final do Festival Cantar Abril! E isto porque...
A Dita Dura
A dita rói
A dita mói
A dita dói
E contra a dita a gente grita
No tempo da outra senhora
Só havia p`ró jantar
E agora? Só me apetece chorar!
É o Juro que sobe
Ai meu Deus, quem me acode
Quem me tira do buraco
Quem me livra do contrato
Que assinei p`ra pagar
O que não posso comprar…
A Dita Dura
A dita rói
A dita mói
A dita dói
E contra a dita a gente grita
No tempo da outra senhora
Só havia p`ró jantar
E agora? Só me apetece chorar!
É o Juro que sobe
Ai meu Deus, quem me acode
Quem me tira do buraco
Quem me livra do contrato
Que assinei p`ra pagar
O que não posso comprar…
Quem diria que a "A Dita Dura" venceria e ainda por cima causando enorme Euforia! :)
Fotos para breve!
quinta-feira, 16 de abril de 2009
É p'ra amanha. Bem podias fazer hoje.
Acontece amanhã em Almada, pelas 21h30 no Auditório Fernando Lopes-Graça do Fórum Municipal Romeu Correia. Esta é a segunda edição do festival que conta com 83 candidatos: 41 na modalidade de Recriação de Canções da Resistência e 42 na de Criação de Canções da Liberdade. Com um total de 154 temas apresentados, 74 recriações e a 80 criações originais.
Aqui fica a sugestão, nós lá estaremos a apoiar incondicionalmente o nosso amigo! :)
Só porque "o artista é um bom artista", aqui está ele http://www.imeem.com/people/yUTVPP/music/ procurem a "Liberdade" com a "A Dita Dura" ;)
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Ora bem!
Aqui está o meu caderno online!
Sou viciada na net e na informação, tenho uma série de blogs de consulta regular e um "gostinho especial" pelas "webcoisas". Então pensei :
"Rita, agora que tens 30 anos e é suposto seres uma mulher adulta e madura, o que tencionas fazer para marcar esse momento?!"
E várias respostas mentais surgiram em flash: um brinco no nariz, uma tatoo, um filho.... Ah! ok, um blog!
E cá está ele :)
Portanto, sou a Rita, tenho 30 anos acabadinhos de fazer, não vivi o 25 de Abril, mas brinquei em parques infantis com areia. E posso dizer que sou do tempo em que as crianças viajavam em automóveis sem cadeiras de segurança! (radicaaaaaalllll)
Beijos
Sou viciada na net e na informação, tenho uma série de blogs de consulta regular e um "gostinho especial" pelas "webcoisas". Então pensei :
"Rita, agora que tens 30 anos e é suposto seres uma mulher adulta e madura, o que tencionas fazer para marcar esse momento?!"
E várias respostas mentais surgiram em flash: um brinco no nariz, uma tatoo, um filho.... Ah! ok, um blog!
E cá está ele :)
Portanto, sou a Rita, tenho 30 anos acabadinhos de fazer, não vivi o 25 de Abril, mas brinquei em parques infantis com areia. E posso dizer que sou do tempo em que as crianças viajavam em automóveis sem cadeiras de segurança! (radicaaaaaalllll)
Beijos
sexta-feira, 27 de março de 2009
Fazer 30 anos
"QUATRO pessoas, num mesmo dia, me dizem que vão fazer 30 anos. E me anunciam isto com uma certa gravidade. Nenhuma está dizendo: vou tomar um sorvete na esquina, ou: vou ali comprar um jornal. Na verdade estão proclamando: vou fazer 30 anos e, por favor, prestem atenção, quero cumplicidade, porque estou no limiar de alguma coisa grave.Antes dos 30 as coisas são diferentes. Claro que há algumas datas significativas, mas fazer 7, 14, 18 ou 21 é ir numa escalada montanha acima, enquanto fazer 30 anos é chegar no primeiro grande patamar de onde se pode mais agudamente descortinar.Fazer 40, 50 ou 60 é um outro ritual, uma outra crônica, e um dia eu chego lá. Mas fazer 30 anos é mais que um rito de passagem, é um rito de iniciação, um ato realmente inaugural. Talvez haja quem faça 30 anos aos 25, outros aos 45, e alguns, nunca. Sei que tem gente que não fará jamais 30 anos. Não há como obrigá-los. Não sabem o que perdem os que não querem celebrar os 30 anos. Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.Até os 30, me dizia um amigo, a gente vai emitindo promissórias. A partir daí é hora de começar a pagar. Mas também se poderia dizer: até essa idade fez-se o aprendizado básico. Cumpriu-se o longo ciclo escolar, que parecia interminável, já se foi do primário ao doutorado. A profissão já deve ter sido escolhida. Já se teve a primeira mesa de trabalho, escritório ou negócio. Já se casou a primeira vez, já se teve o primeiro filho. A vida já se inaugurou em fraldas, fotos, festas, viagens, todo tipo de viagens, até das drogas já retornou quem tinha que retornar.Quando alguém faz 30 anos, não creiam que seja uma coisa fácil. Não é simplesmente, como num jogo de amarelinha, pular da casa dos 29 para a dos 30 saltitantemente. Fazer 30 anos é cair numa epifania. Fazer 30 anos é como ir à Europa pela primeira vez. Fazer 30 anos é como o mineiro vê pela primeira vez o mar.Um dia eu fiz 30 anos. Estava ali no estrangeiro, estranho em toda a estranheza do ser, à beira-mar, na Califórnia. Era um homem e seus trinta anos. Mais que isto: um homem e seus trinta amos. Um homem e seus trinta corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado, arborizando, ao sol e a sós.Na verdade, fazer 30 anos não é para qualquer um. Fazer 30 anos é, de repente, descobrir-se no tempo. Antes, vive-se no espaço. Viver no espaço é mais fácil e deslizante. É mais corporal e objetivo. Pode-se patinar e esquiar amplamente.Mas fazer 30 anos é como sair do espaço e penetrar no tempo. E penetrar no tempo é mister de grande responsabilidade. É descobrir outra dimensão além dos dedos da mão. É como se algo mais denso se tivesse criado sob a couraça da casca. Algo, no entanto, mais tênue que uma membrana. Algo como um centro, às vezes móvel, é verdade, mas um centro de dor colorido. Algo mais que uma nebulosa, algo assim pulsante que se entreabrisse em sementes.Aos 30 já se aprendeu os limites da ilha, já se sabe de onde sopram os tufões e, como o náufrago que se salva, é hora de se autocartografar. Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema. Fazer 30 anos é como uma pedra que já não precisa exibir preciosidade, porque já não cabe em preços. É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer.Fazer 30 anos é passar da reta à curva. Fazer 30 anos é passar da quantidade à qualidade. Fazer 30 anos é passar do espaço ao tempo. É quando se operam maravilhas como a um cego em Jericó.Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar. "
O texto acima foi extraído do livro "A Mulher Madura", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1986, pág. 36
...Será que fazer 30 anos é isto?! A ver vamos!...
O texto acima foi extraído do livro "A Mulher Madura", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1986, pág. 36
...Será que fazer 30 anos é isto?! A ver vamos!...
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